Bom tarde pessoal,
Hoje no Instituto Educacional Jean Piaget na turma do 7°ano iniciamos a matéria sobre crescimento populacional.
Observamos o aumento da população brasileira e mundial, trabalhamos as questões de população absoluta, densidade demográfica, fizemos a leitura de um texto sobre a Teoria Malthusiana, que foi a primeira teoria populacional a relacionar o crescimento da população com a fome e iniciamos um debate interessante.
Questões levantadas:
1) Essa Teoria se aplica aos dias atuais?
2) É válida as formas que Thomas Malthus sugere para o controle populacional?
4) Ou a Teoria do Marquês de Condorcet que contrapõe a Teoria de Malthus é mais válida?
3) Qual sua opinião sobre essa Teoria?
Quero saber a opinião de vocês!!! Deixe um comentário !!!!!
Beijos
Segue texto trabalhado em sala de aula:
A Teoria Malthusiana
A teoria criada por
Tomas
Robert Malthus (1766-1834),
economista e demógrafo inglês, e que ganhou o nome de “
Malthusianismo”
foi a primeira teoria populacional a relacionar o crescimento da população com
a fome, afirmando a tendência do crescimento populacional em
progressão geométrica, e do crescimento da oferta de alimentos em progressão
aritmética.
Durante os séculos XVIII e XIX houve um acentuado crescimento
demográfico devido à consolidação do
capitalismo e à Revolução Industrial que proporcionou à elevação da
produção de alimentos nos países em processo de industrialização diminuindo
a taxa (principalmente na Europa e nos EUA). Isto fez com que os índices
de crescimento da população subissem provocando discussões que culminariam em
diversas teorias sobre o crescimento populacional, destacando-se o
malthusianismo.
Lançada sob o título “Ensaio
sobre o princípio de população e seus efeitos sobre o aperfeiçoamento futuro da
sociedade, com observações sobre as especulações de Mr. Godwin, Mr. Condorcet e
outros autores”, a teoria de Malthus caracteriza-se pelo grande
pessimismo em relação ao crescimento
populacional.
Malthus acreditava que o crescimento demográfico iria
ultrapassar a capacidade produtiva da terra gerando fome e miséria.
Segundo Malthus, as únicas formas de evitar que isso
acontecesse seria a redução da taxa de natalidade através da proibição de
que casais muito jovens tivessem filhos, do controle da quantidade de filhos
por família nos países pobres, do aumento do preço dos alimentos e da redução
dos salários para forçar as populações mais pobres a ter menos filhos.
Entretanto, Malthus argumentava que a alta taxa de
mortalidade e fecundidade seria praticamente impossível de reduzir uma vez que
eram consequências de fatores fora do alcance da intervenção humana. Por isso,
ele defendia que desastres como a fome, a epidemia e a guerra eram benéficas no
sentido de ser um controle para o crescimento populacional.
Dentre os que se opunham à teoria de Malthus destacou-se
Jean-Antônio Nicholas Caritat, o Marquês de Condorcet (1743-1794). Ele
acreditava que as altas taxas de mortalidade e fecundidade registradas na época
eram devidas à ignorância, às superstições e ao preconceito e que apenas “as
luzes da razão” seriam capazes de reverter essa situação. Sua teoria, publicada
entre 1793 e 1974, se intitulava “Esboço
de um quadro histórico dos progressos do espírito humano” e, ao contrário de Malthus,
apresentava uma visão bastante positiva do progresso humano.
Fonte:
ALVES, J. E.D. A polêmica Malthus versus Condorcet reavaliada à luz da
transição demográfica. Texto para discussão da Escola Nacional de Ciências
Estatísticas, ENCE/IBGE, nº4, Rio de Janeiro, 2002.